Arquivo: Edição de 13-04-2012
SECÇÃO: Informação Religiosa |
|
Páscoa Deliciosa Partimos dum pressuposto carregado duma enorme simbologia. Somos a vinha muito amada de Deus, onde a Sua ternura se patenteou nos cuidados que lhe dedicou, que deve produzir frutos e inutilizar os agraços que deturpam a sua missão. Há frutos novos a produzir. A força que retirou a pedra do túmulo dá-nos coragem para sermos ousados. Queremos ser vinha amada, não para nosso mero proveito, mas para delícia da humanidade! Estamos no mundo e reconhecemos que a verdadeira alegria está na fidelidade ao dever cumprido. Mas por outro lado, o mundo é o nosso permanente juiz. Não nos impomos pela história ou pelo ambiente que nos circunda. Como certeza de ser “sinal de contradição”, sabemo-nos vocacionados para que nos reconheçam como realidade que lhe diz alguma coisa. Muitos cristãos continuam instalados num saudosismo que nos distinguiu. Mas os tempos mudaram e já não nos podemos contentar com a normalidade. Se não corrermos a entrar nas problemáticas contemporâneas, não estaremos a anunciar o sentido da vida, levando a Igreja a perder vitalidade. A tarefa é deveras ingente e só a fidelidade ao projeto de Cristo marcará a nossa diferença, incutindo no ADN das pessoas uma nova geração: a “geração da Palavra”. O que falta para tal acontecer? Aquilo que cada um poderá e deverá fazer para ser Palavra, aqui e agora. A Igreja será delícia da humanidade, se cada um se deliciar com este alimento de valor eterno nos lugares que per-corre. Que a Páscoa renove o empenho para realizarmos o que falta, a fim de nos tornarmos uma comunidade unida pelo mesmo Espírito Pentecostal. † Jorge Ortiga, A.P. 5 de Abril de 2012. |