Arquivo: Edição de 07-03-2008
SECÇÃO: Região |
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Novo Presidente do Tribunal da Relação de Guimarães O novo Presidente, no discurso da tomada de posse traçou uma retrospectiva do seu percurso de homem e deixou bem vincada a sua origem humilde e o seu apreço pela “gente humilde que lutava e subia a pulso na vida” para se manifestar e comprometer no serviço aos outros agora que assume novas funções neste Tribunal e aproveitou, ainda, para apontar o dedo à comunicação social observando que “os “media” passaram, com a maior ligeireza, a abordar, a apreciar, a discutir e, substituindo-se aos Tribunais, a julgar as ocorrências submetidas a apreciação jurisdicional, sem a necessária prudência e recorrendo, exclusivamente, a meras directivas de conveniência social”. Reconhecendo igualmente o serviço que os diversos órgãos de comunicação social devem à sociedade disse, “sem esconder que é generoso o papel a desempenhar pela imprensa, tem ela de observar a verdade, a liberdade e o direito à vida privada de cada um, de cumprir as regras deontológicas que o seu estatuto lhes exige e, sobretudo, há-de fazer um profundo esforço, até à exaustão, no sentido de procurar a precisa realidade de tudo aquilo que vai divulgar”. No seu longo discurso, o novo Presidente sublinhou a importância do serviço da Justiça ao afirmar “os tribunais são os orgãos de soberania com competência para administrar a justiça em nome do povo, incumbindo-lhes assegurar a defesa dos direitos e interesses legalmente protegidos dos cidadãos, reprimir a violação da legalidade democrática e dirimir os conflitos de interesses públicos e privados”. O novo Juiz-Presidente do Tribunal da Relação de Guimarães concluiu reafirmando a sua vontade e o seu esforço, o seu empenho e a sua lealdade na prossecução do principal objectivo: servir a Justiça. C. Silva |