Arquivo: Edição de 29-09-2006
SECÇÃO: Informação Religiosa |
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A Capela de Sta. Cruz - Guimarães A Confraria do Santíssimo Sacramento da Insigne e Real Colegiada de Nossa Senhora da Oliveira reiterou o seu propósito de fazer da Capela de Santa Cruz um instrumento interessante para a vida de piedade dos fiéis e também para a acção pastoral da paróquia de Nossa Senhora da Oliveira. Oh! Capela de Sta. Cruz Que te encontras abandonada Os teus vizinhos fugiram Deves estar bem chateada! Os anos têm passado, e tu sozinha Na tua letargia profunda A dor deve ser terrível E a tua mágoa se afunda! Eu passei de autocarro, hoje E assim me recordei Daqueles tempos, eu na Polícia Nessa rua muito patrulhei! Tinhas vizinhos bons e maus E tu mantinhas-te risonha Eras um espelho do local Mas havia muita ronha! Nesse povo que, a teu lado, Pouco ou nada se preocupava Para te venerar e orar De tudo isso se afastava! Em Guimarães, actualmente, apagada! Creio que estás esquecida Em tempos deram-te um pequeno arranjo Parece estares adormecida! Esse local em que estás Devia ser mais venerado De um lado e de outro são barracas Às sextas-feiras um mercado! Um local que é histórico Por estar junto ao castelo Bem como do palácio Duques de Bragança Que se torna muito belo! Por isso, digo e direi Que a tua sorte foi traída Olhando aos tempos antigos Por muitos deve ser compreendida! Assim acontece aos humanos Muitos deles são abandonados Por atingir sua velhice, A isso são condenados! Não havendo a supremacia De quem depende os encargos Assim, tudo é esquecido Com desgostos bem amargos! Tudo se transforma com os tempos A Rua de Sta. Cruz desapareceu A Capela ficou de recordação Mas ela ali nasceu! Está abandonada, meia desprezada! Os sinos não tocam para os actos Está afastada, escondida E eu descrevo estes factos Estará, de facto, esquecida? Assim eu digo aos cristãos Os namoros por ali à porta Com os seus actos pouco sãos! Que alguém, e a Autoridade Tome as devidas providências, Pois dá mágoa tudo isso Depois mordem as consciências! Oh! Capela de Sta. Cruz Que, em tempos, iam rezar E talvez, fazer casamentos Agora, todos a desprezar! Há muita responsablidade Em quem tem o poder, Tanto civil como eclesiástico É preciso isso ver! Em toda a extensão da palavra Ali há o seu valor histórico Porque ali ela nasceu, é viva Não pensar só no folclórico! 25/01/98 José Fernandes |